O milho e sua história viajante

Bolo, curau, canjica, pipoca, cuscuz, broa… ih, já perdi as contas de quanta coisa gostosa dá pra fazer com o milho! Que ele é um dos ranguinhos mais gostosos e versáteis todo mundo já sabe, mas você conhece a história do milho e o porquê de ser tão consumido no mundo inteiro?

No post de hoje, a gente vai aprender um pouquinho mais sobre a jornada que o milhinho passou pra chegar até aqui. Vamos nessa?

 

Mas de onde ele veio?

O primeiro registro de plantio do milho vem lá de 7300 anos atrás, em umas ilhas localizadas no Golfo do México. Seu nome, de origem caribenha, significa “sustento da vida” e ele era praticamente uma divindade para os povos maias, astecas e incas, que tinham o cereal como principal base de sua alimentação.

Além disso, os indígenas norte-americanos plantavam toneladas e mais toneladas do tão maravilhoso milho em um sistema complexo, que variava de acordo com as espécies, e foi assim que ele se espalhou para o resto do mundo, com a chegada dos colonizadores europeus.

Os primeiros eurolovers do milho já tinham se ligado que o cereal ficava bom cozido e até como farinha, a partir daí o inseriram em sua rotina alimentar. Hoje em dia, ele também é amplamente cultivado em países fora da do continente americano, como França, China, Indonésia e África do Sul!

História de amor com o Brasil

Aqui no Brasil, o milho tem muita importância na alimentação e isso vem desde quando o país era todinho dos povos originários. Pratos como pamonha, pipoca, paçoca, mingau e até bolo já eram consumidos antes mesmo da colonização portuguesa e as roças (lugares onde se plantam milho de maneira tradicional, até hoje) já existiam.

Hoje em dia, nosso cereal mais amado é, ao lado da soja, um dos principais produtos para exportação e a sua colheita movimenta milhões de dólares todos os anos. Também é plantado na agricultura familiar, tanto para venda como para consumo próprio.

O rei das festas juninas

A gente não podia esquecer do período no qual ele se torna estrelinha: as festas juninas! Mas você sabia que isso não é por acaso?

A celebração do São João é uma das festas mais importantes do folclore nacional e ela chegou por aqui lá no século XVI, trazida pelos portugueses. No velho mundo, a festa simbolizava o início da safra do trigo, mas como por aqui ele ainda não dominava, o milho foi o escolhido para dar continuidade à tradição.

Dessa forma, como a colheita do amarelinho começa justamente em Junho – mês das festas juninas – os nossos antepassados perceberam que não tinha ingrediente melhor para celebrar! E convenhamos que foi a melhor escolha, né?

É canjica ou mungunzá?

Dá pra imaginar esse Brasilzão sem os pratos derivados do milho? Não, né? E é justamente por esse amor todo que cada região tem suas iguarias – e muitas vezes até são iguais, só mudam o nome!

Nordeste e sul “discutem” para saber se o certo é curau, canjica ou mungunzá, mas a delícia e importância dessa iguaria em nosso país é unanimidade.

E para você, qual prato feito com milho é o mais gostoso?